Ministro Armando Monteiro lidera missão comercial para o Paraguai «Voltar
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, liderou um grupo com 59 empresas e 11 entidades brasileiras de sete setores em uma missão comercial ao Paraguai, com o objetivo de aumentar o comércio e os investimentos bilaterais.
 
Os sete setores da economia confirmados para integrar a missão – autopeças; têxteis e confecções; couro e calçados; alimentos processados; produtos químicos; indústria naval; e indústria metal-mecânica – apresentam alto potencial para a integração de cadeias produtivas dos dois países. Estarão presentes empresas e entidades de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Goiás.
 
Armando Monteiro avalia que a missão comercial é uma forma de aproximar os setores produtivos dos dois países e para que os empresários brasileiros conheçam as oportunidades comerciais e de investimento no país vizinho. "Trabalhamos fortemente para expandir a atuação brasileira em mercados prioritários. A América do Sul tem muito potencial e pode dar uma resposta rápida às demandas brasileiras. Há que se destacar que o Paraguai vem apresentando expressivo crescimento de sua economia, e que o PIB, em 2014, cresceu 4,4% segundo o Banco Mundial”, ressaltou.
 
Para o presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, “a missão ao Paraguai traz um importante elemento para a ação de internacionalização produtiva, pois constitui-se em uma estratégia de expansão, apresentando vantagens como o aumento da competitividade das empresas e a facilidade de acesso a terceiros mercados”.
 
“Incentivamos os empresários brasileiros a expandir seus negócios além das fronteiras, assim a indústria nacional ganha competitividade e se fortalece para operar no Brasil”, diz o vice-presidente da CNI, Olavo Machado Junior.
 
Na avaliação de Antonio Simões, “além de ser sócio e aliado no Mercosul, o Paraguai oferece diversas vantagens comparativas, como a ampla oferta de energia proveniente da usina binacional de Itaipu e a proximidade estratégica das regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil. O Paraguai é um parceiro com oportunidades muito concretas para a indústria brasileira, e o governo paraguaio vem buscando criar um ambiente de negócios que estimule a integração produtiva", disse.
 
Corrente de comércio
 
O Paraguai está entre os 32 países apontados como prioritários no Plano Nacional de Exportações, lançado em junho deste ano pelo governo federal. Entre as ações previstas no plano para 2015 com o Paraguai está a realização de reuniões periódicas para fortalecimento dos mecanismos bilaterais de comércio e investimentos.
 
Entre os meses de janeiro e agosto de 2015, as exportações brasileiras para o Paraguai totalizaram US$ 1,661 bilhão e as importações, US$ 603 milhões, resultando em um superávit na balança comercial brasileira de US$ 1,058 bilhão. Neste período, o Paraguai se consolidou como 20º destino das exportações brasileiras e a 36ª origem das importações. As exportações brasileiras para o Paraguai são majoritariamente de produtos manufaturados (94,3%), enquanto os básicos representaram 4,8% e os semimanufaturados, 0,9%. Ao todo, 3.755 empresas brasileiras exportaram para o Paraguai no período, 2% a mais que no mesmo período de 2014 (3.683).
 
Entre os principais produtos na pauta exportadora brasileira estão adubos e fertilizantes, aviões, máquinas e aparelhos agrícolas, cerveja de malte, fumo em folhas, polímero de etileno, motores, geradores e transformadores. Pelo lado da importação de produtos do Paraguai, destaque para soja em grãos, carne bovina congelada, fios e cabos para uso elétrico, arroz em grão e trigo em grão.
 
Serviços
 
Em 2014 – último dado disponível – as exportações de serviços brasileiros totalizaram US$ 66,8 milhões, enquanto as importações de serviços paraguaios somaram US$ 50,4 milhões, o que resultou em um superávit para o Brasil de US$ 16,4 milhões. Os principais serviços da pauta são transporte rodoviário e aquaviário de cargas, telefonia, armazenagem em depósitos, serviços de engenharia, projetos e programas de tecnologia da informação.