Durante a abertura do Fórum de Cidadania Financeira, realizado na última quarta-feira (4), promovido pelo BCB e Sebrae, com apoio do Sistema OCB, o diretor de Relacionamento Institucional do Banco Central, Luiz Edson Feltrim ressaltou a capilaridade das cooperativas de crédito. “As cooperativas de crédito, considerando sua capilaridade, têm importância fundamental no processo de bancarização e inclusão financeira no país”. Feltrim fez questão de destacar que, atualmente, todos os municípios brasileiros contam com os serviços bancários, seja por um correspondente, vinculado aos bancos comerciais ou, ainda, por uma cooperativa.
Segundo ele, as cooperativas de crédito têm ampliado sua participação no mercado, o que pode ser comprovado pelo número de cooperados: cerca de 7,5 milhões. “E, aqui, reafirmamos o desafio lançado ao movimento cooperativista, pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de ampliar este número para 10 milhões de cooperados”, comenta Feltrim.
Durante seu discurso de abertura, da qual participaram o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, os presidentes das unidades estaduais Celso Regis (Mato Grosso do Sul) e André Pacelli (Paraíba), o superintendente Renato Nobile e a gerente geral da OCB, Tânia Zanella, Feltrim fez questão de ressaltar a participação das entidades parceiras não só no Fórum de Cidadania, mas em todas as ações realizadas pelo BCB.
O presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif Domingos, defendeu mais acesso ao crédito para as micro e pequenas empresas durante a abertura do Fórum. “O sistema financeiro nacional é muito concentrado nas médias e grandes empresas. O crédito ainda é voltado a serviços financeiros para pessoas físicas e consumo. Mas, quando a gente fala em financiar a produção, temos um longo caminho pela frente, pois as instituições são grandes demais para atender o pequeno produtor. O papel do Sebrae é entrar mais firme nessa batalha”, destacou.
O presidente recém-eleito do Sebrae reforçou a importância
dos pequenos negócios na manutenção de empregos. “Enquanto as médias e grandes
desempregaram 800 mil pessoas de janeiro a novembro, as micro e pequenas
empresas ainda sustentam saldo positivo de 109 mil vagas”, frisou.