OCB discute realidade do seguro rural no Brasil em seminário da FPA «Voltar
Representantes do Sistema OCB e do Sistema Ocepar participaram hoje de um seminário sobre a Situação Atual e Perspectivas do Seguro Rural no Brasil. Ao todo, vinte entidades do setor produtivo fizeram uma avaliação do ano  de 2015 e definiram uma agenda de trabalho para 2016. A maior queixa do setor é a falta de previsibilidade do montante do Seguro Rural. Os painéis e debates também foram acompanhados por representantes do Ministério da Agricultura, das seguradoras, e da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg). 

Os representantes do cooperativismo e todos os demais participantes defenderam a necessidade de uma política de estado que envolva o seguro rural e não uma política de governo. “É importante que o governo tenha consciência de que o seguro rural possui diversos vieses que asseguram a produtividade nacional. Ele gera estabilidade econômica ao produtor, é um indutor do desenvolvimento de tecnologia no campo, mantém a empregabilidade no campo, equaliza o orçamento do governo, dentre outros aspectos”, comenta Paulo Cesar Dias do Nascimento Júnior, coordenador do Ramo Agropecuário no Sistema OCB.  

 Uma importante conquista em 2015 foi o lançamento do modelo de negociação coletiva, pelo Ministério da Agricultura. Ainda em fase experimental, o modelo oferece a produtores de soja melhores condições de negociar com as seguradoras a contratação de apólices de seguro rural. A iniciativa, que contou com participação direta do Sistema OCB em sua construção, tem como objetivo aumentar o poder de escolha dos produtores rurais no momento da contratação de uma apólice de seguro rural, garantindo assim melhores condições contratuais.

O resultado das etapas de habilitação e classificação das listas de produtores rurais ao projeto experimental de negociação coletiva do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) para a cultura de soja demonstrou a importância do cooperativismo neste processo. 

Das 11 listas processadas pelo Mapa, nove foram classificadas, de acordo com os critérios estabelecidos no edital, sendo que sete delas estão vinculadas a cooperativas. A participação maciça das cooperativas nas listas aprovadas, evidencia o modelo cooperativista como elo fundamental em uma atuação coordenadora e articuladora nas negociações junto às seguradoras e com foco na defesa dos interesses dos seus produtores.