Transporte cooperativo de cargas foi tema de seminário «Voltar

As Oportunidades e Desafios do Transporte Cooperativo de Cargas foram tema de seminário realizado no último sábado, 30.04, na sede da COOMAP – Cooperativa Nacional de Transporte Corporativo, em São Sebastião do Passé (Região Metropolitana de Salvador). A situação atual do transporte de cargas no Brasil, o papel das cooperativas nesse mercado e o uso de plataformas tecnológicas como condição para a sobrevivência e competitividade de quem opera nesse segmento, foram os temas centrais do evento, que reuniu cerca de 60 pessoas de diversas cooperativas de transporte baianas e foi realizado pelas cooperativas COOMAP e Digitáxi, com apoio da Rede Transporte e do Sescoop Bahia.

 

Para o palestrante Daniel Dominguete, da DDMX – Inteligência em Análise de dados, planejar as rotas de forma adequada, gerir corretamente os custos e otimizar a manutenção da frota só são possíveis, hoje, com o uso dos recursos tecnológicos da informática. O raciocínio foi endossado pelo também palestrante Abel Paré, coordenador do Ramo Transporte da OCB e Presidente da Rede Transporte (cooperativa central de compras). Para ele, o transporte rodoviário de cargas no Brasil ainda é atraente, no entanto, as cooperativas que realmente se dispuserem a entrar nesse mercado precisam ser competitivas, usando a seu favor os softwares e plataformas disponíveis no mercado mas, principalmente, a força da união que marca o cooperativismo e as diferencia das empresas comerciais. De acordo com as informações apresentadas no seminário, as cooperativas de transporte ainda usam pouco a tecnologia para a gestão logística. Abel Paré também ressaltou o papel da Central de Compras como vetor de aumento da competitividade das cooperativas de transporte, uma vez que participar gera um impacto na redução de custos da cooperativa significativo.

 

Dominguete vê ainda aspectos culturais influenciando esse cenário: “A adoção da tecnologia parte de um ponto comportamental. Você vem de uma inércia, de um modelo de negócios, que se estabeleceu ao longo dos anos e quando esse modelo começa a aparecer com algumas fragilidades ou novidades, a dificuldade da mudança acaba trazendo um pouco de resistência, pois existe consumo de tempo e recurso para ser adequado. Mas eu acredito que é uma questão de tempo para muitos aderirem aos processos tecnológicos, dentro das cooperativas de transporte”. Jair Romualdo, presidente da COOMAP, se mostrou bastante empenhado em promover a união de forças cooperativas na Bahia em prol do melhor aproveitamento das oportunidades que esse mercado oferece no Norte e no Nordeste: “Precisamos focar no segmento de cargas, pois apesar de parecer complexo, tem um grande potencial. Só precisamos de um pontapé inicial para crescermos juntos e conquistar o mercado. Ainda estamos muito atrasados”.

O evento também contou com a presença de Jaqueline Metzner, especialista em educação financeira, que deu dicas importantes sobre gestão pessoal do dinheiro.

 

Fonte: Ascom Coomap