Desenvolvimento de cooperativas caminha lado a lado à autogestão «Voltar

Cooperativistas de oito estados brasileiros concluíram sua participação no I Seminário Nacional de Autogestão para Cooperativas Agropecuárias, realizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em sua sede, em Brasília. O evento teve por objetivo discutir os benefícios do Programa de Autogestão com foco nos aspectos econômicos, financeiros e sociais (mais conhecido como GDA).

Os estados representados são: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais e Ceará. O evento contou com a participação dos presidentes José Roberto Ricken (Ocepar), João Nicédio Alves Nogueira (OCB/CE) e, também, dos superintendentes José Aparecido dos Santos (OCB/CE), Leonardo Boesche (Sescoop/PR), Aramis Moutinho Júnior (Ocesp).

HISTÓRIA – “E quando falamos em referenciais comparativos é fundamental termos uma base histórica, onde registramos e acompanhamos a evolução da cooperativa. Isso é gestão de uma cooperativa e ela deve ser tão profissionaliza quanto a das empresas concorrentes. Só desta forma a cooperativa se manterá no mercado. Uma atuação assim é uma quebra de paradigmas.” Francisco Teixeira Neto, especialista da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), durante sua exposição sobre a importância dos referenciais comparativos na busca da excelência na gestão.

DESENVOLVIMENTO – “Esse conjunto de siglas (PDGC, GDA, GDH, FIC e PAGC) traz um padrão de conformidade aos indicadores da cooperativa. Com base neles será possível propor estratégias visando à vantagem competitiva e gerando felicidade aos cooperados. Por isso, convidamos às cooperativas do país, a aderirem ao GDA. Tenho certeza de que, depois de tantas reflexões feitas ao longo desses dois dias de trabalho intenso, será possível perceber indicadores muito mais específicos e alinhados. Isso possibilitará o desenvolvimento do movimento cooperativista brasileiro.” Renato Nobile, superintendente do Sistema OCB, enquanto discorria sobre o modelo de atuação do Sescoop na busca da autogestão.

VISÃO – “Só gerencia quem mede e só mede quem transforma as informações em índices comparáveis. Por isso é tão importante ter dados que nos mostrem como éramos no passado, como agíamos anteriormente, como estamos e onde queremos chegar, afinal de contas, só podemos comparar o hoje com o ontem. E, com base nos números do passado, temos condições de projetar um futuro factível.” José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, enquanto falava sobre o PRC 100, projeto desenvolvido em parceria com as cooperativas paranaenses.

DIFERENCIAL – “O sistema de autogestão permite que a informação de balanço seja transformada em dado gerencial. Além disso, serve de benchmarking e confere mais transparência à gestão.” Gerson Lauermamm, gerente de Autogestão do Sistema Ocepar, durante a palestra Cenários econômicos – aspecto financeiro – consolidação das aplicações do GDA de todos os estados.

INTEGRAÇÃO – “O sistema de autogestão nos fornece informações propícias para gerir o negócio cooperativo e mostra tudo aquilo que pode ser melhorado. Vale destacar que o objetivo é a integração entre cooperativa, unidade estadual e unidade nacional, visando o fortalecimento do relacionamento e a busca de soluções para o sistema cooperativista brasileiro.” Devair Mem, analista técnico especializado do Sescoop/PR, durante sua palestra sobre a Atuação do GT das Cooperativas do Paraná na defesa e representação.

ENGAJAMENTO – “Quando falamos em geração de informação de qualidade, o programa de autogestão é de suma importância não só para a cooperativa, mas para todo o movimento cooperativista brasileiro. Para além disso, é fundamental que os cooperados se sensibilizem e estejam abertos a esse processo. É por isso que é necessário trabalhar fortemente pela educação do corpo técnico e das lideranças cooperativistas da nossa base.”João Nicédio Alves Nogueira, presidente do Sistema OCB/CE.

Fonte e Foto: OCB