Frimesa é primeiro destino da equipe do Conhecer para Cooperar «Voltar
A equipe do projeto Conhecer para Cooperar visitou, ontem (20), a quarta maior empresa do Brasil quando o assunto é o abate diário de suínos: a cooperativa central Frimesa. Localizada no município de Medianeira, no Paraná, a empresa abate 7,1 mil animais todos os dias e comercializa os produtos (que vão desde cortes nobres, linguiças e processados) dentro e fora do país. A cooperativa é, ainda, o primeiro lugar no mesmo ranking em nível estadual. Além disso, a Frimesa atua no mercado de leite. Ao todo, seu mix de produtos, entre suínos e lácteos, ultrapassa os 400 itens.
 
O projeto Conhecer para Cooperar é uma realização do Sistema OCB e este é o segundo módulo prático. O grupo é composto por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Ministério da Fazenda, do Banco Central do Brasil, do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Sistema Cooperativo Sicredi, do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), da Universidade de São Paulo (USP-Pensa) e das cooperativas Coplana e Cocamar, além dos Sistemas OCB e Ocepar. 
 
A intenção é possibilitar que esses formuladores de políticas públicas e representantes de instituições financeiras possam aprofundar seu conhecimento a respeito do negócio cooperativo.
 
Na Frimesa, o grupo foi recebido pelo diretor-presidente, Valter Vanzella, e pelo diretor executivo, Elias Zydek. Eles discorreram sobre a história da cooperativa central, composta por cinco singulares:
 
- Cooperativa Agroindustrial Copagril
- Cooperativa Agroindustrial Lar
- Cooperativa Agroindustrial Consolata - Copacol
- C.Vale Cooperativa Agroindustrial
- Primato Cooperativa Agroindustrial
 
Segundo eles, a Frimesa cresceu, na última década, 15% ao ano, saindo de um faturamento de cerca de R$ 480 milhões, em 2005, para R$ 2,2 bilhões, em 2015; o quadro de colaboradores também cresceu neste período, de 2.379 para 6.520; o número de clientes ativos também saltou de 10,4 mil para 33,2 mil.
 
“Essa evolução exigiu investimentos financeiros, formação de pessoal e aperfeiçoamento no sistema de administração”, contou o diretor-presidente. Para ele, receber o grupo do projeto Conhecer para Cooperar é fundamental para evidenciar como o cooperativismo pode contribuir com a economia do país. 
 
“A vinda dessas pessoas aqui é fundamental para que elas conheçam a nossa realidade. À medida que eles entenderem o cooperativismo, poderão elaborar uma política pública mais adequada ao formato das cooperativas, já que elas existem para viabilizar o negócio de seu cooperado, melhorando, assim a economia do país, que precisa se desenvolver, gerar riqueza e emprego. Muitas vezes, a operação das cooperativas fica amarrada por burocracias criadas por pessoas que ainda não tiveram a chance de compreender melhor do movimento. Então, aqui, tenho certeza de que o grupo trazido pelo Sistema OCB poderá entender mais e multiplicar esse entendimento em suas instituições”, avalia Valter Vanzella.
 
O diretor executivo, Elias Zydek, mostrou-se positivamente impressionado com o nível do grupo. “Nunca vi, em um só local, tanta gente importante para o setor agropecuário reunida para aprender. Estamos muito contentes em poder contribuir com o desenvolvimento não só do nosso movimento, mas do país. Não temos dúvidas de que o Brasil voltará a crescer e com a ajuda de vocês, será mais rápido, por isso estamos nos preparando para quando essa crise passar”, comenta o diretor.
 
O superintendente do Sistema Ocepar, Robson Maffioletti, reforçou o fato de que as cooperativas brasileiras dependem de financiamentos públicos e enfatizou que, ao conhecerem a estrutura, a qualidade dos produtos, o trabalho desenvolvido em prol do cooperado e todo o processo que envolve a melhoria da gestão e governança, os formuladores de políticas públicas e os agentes financeiros podem melhor analisar os projetos do cooperativismo.
 
“Não queremos privilégios, apenas que essas instituições verifiquem nossas demandas e consigam perceber a diferença que há entre os demais tipos de empresa. Afinal, o cooperativismo é um modelo de negócio que privilegia as pessoas: o cooperado é a razão de ser da cooperativa”.
 
O diretor-secretário da Copagril, uma das integrantes da Frimesa, Márcio Buss, acompanhou a programação desta segunda-feira. De acordo com ele, a visita técnica à central foi uma grande oportunidade para conhecer o setor cooperativista. Para ele, é grande a expectativa em relação à atuação das instituições contempladas com o projeto Conhecer para Cooperar, após seu término.
 
“Esperamos ansiosamente por políticas públicas mais bem definidas e que levem em consideração as características do cooperativismo, sobretudo aquelas que envolvem o crédito. Temos grande necessidade do barateamento dos juros e uma revisão nos prazos, principalmente em momentos como este pelo qual o Brasil atravessa. É fundamental que esses representantes notem que o cooperativismo é forte e pode contribuir muito com o país”, enfatiza.
 
SAIBA MAIS – Hoje a cooperativa central está presente em todo o território nacional. Além disso:
- Tem 39 anos de fundação;
- Congrega no negócio cerca de mil suinocultores e 3,5 mil produtores de leite;
- Processa 331,2 mil toneladas de alimentos por ano;
- Processa 500 mil litros de leite por dia
- Tem 412 produtos no portfolio
- Seu faturamento em 2015 foi de R$ 2,23 bilhões (11,39% a mais que em 2014). 
- 90% de toda a produção foi distribuída no mercado brasileiro, no ano passado
www.frimesa.com.br
- Catálogo de exportação: (clique aqui para acessar)
 
O PROJETO – O Conhecer para Cooperar está no segundo módulo do Roteiro Prático, voltado ao Ramo Agropecuário. O roteiro inclui, também, visitas às instalações e propriedades de mais três cooperativas do estado do Paraná:
 
- Hoje: Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata);
- Dia 21: Coamo (Agroindustrial Cooperativa);
- Dia 22: Cocamar (Agroindustrial Cooperativa)

Fonte: Brasil Cooperativo