Organização lança investimento de impacto social a partir de R$ 1 mil «Voltar

Sitawi Finanças do Bem, organização sem fins lucrativos de soluções financeiras para impacto social, acaba de lançar uma plataforma para captar investidores que se interessam por projetos que causam impacto social positivo em investimentos a partir de 1 mil reais.

Em até 24 meses todo o capital que foi emprestado, acrescido dos juros, já terá voltado para a mão dos investidores. As operações são intermediadas pelo Banco Topázio. 

“Queremos apresentar um novo modelo de negócio, já que, geralmente, esse tipo de investimento acontece apenas por quem tem 1 milhão de reais em conta”, diz Andrea Resende, gerente de finanças sociais da Sitawi Finanças do Bem.

A ideia da organização, que existe há onze anos, veio depois de perceber o crescente interesse dos investidores em ações que gerem propósito e ajudem comunidades com potencial de desenvolvimento. Um exemplo, é o fato de que em 2020 o mercado de investimento de impacto deve chegar a 300 bilhões de dólares globalmente.

Nessa primeira fase, seis projetos foram selecionados por meio de inscrição da plataforma da Sitawi ou parceria com outros atores da cadeia. Entre os exemplos dos empreendedores que podem ser escolhidos estão: A  Cooperativa Ser do Sertão, que reúne produtores de Agricultura Familiar em Pintadas, no interior da Bahia.

cooperativa foi uma iniciativa de mulheres da região, sendo ainda gerida por maioria feminina. Hoje, após 10 anos de existência, está expandindo uma fábrica de polpa de frutas.

Outras opções são a Orgânicos In Box que pretende gerar maior lucro aos produtores ao mesmo tempo em que oferece produtos acessíveis aos consumidores finais. E a UPSaúde que por meio de inteligência de dados permite maior agilidade no setor médico para profissionais e pacientes.

A expectativa é que sejam captados 2,5 milhões de reais nos próximos meses. O valor é estimado de acordo com a necessidade financeira que os seis projetos somados precisam para gerar melhores resultados.

A Sitawi diz fazer um minucioso detalhamento de riscos e impactos. “Fazemos uma análise criteriosa. A cada 50 inscritas na plataforma apenas uma é selecionada para receber os investimentos”, afirma Andrea Resende, gerente de finanças sociais da Sitawi Finanças do Bem.

A executiva da organização garante que nos últimos oito anos a taxa de não-pagamento foi de apenas 3%, mas que para esse momento as análises e projeções são ainda mais conservadoras.

Ou seja, há menos risco por conta do novo perfil de investir que pretendem também atingir. No site é possível ver uma ficha detalha com projeções e margens calculadas, além de retorno de receita. 

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