No âmbito das medidas governamentais e dos sistemas cooperativistas para minimizar o impacto econômico-financeiro decorrente da Covid-19, a contribuição das cooperativas de crédito para a recuperação econômica pode ser vista sob três vertentes:
As características intrínsecas já são bem conhecidas e não precisam ser explicadas, mas sempre merecem registro por serem o diferencial desse modelo de negócio, ressaltando-se os princípios cooperativistas – destacando-se no caso em análise a educação, formação e informação e o interesse pela comunidade – e a especificidade de reciclagem da poupança local, com implicação direta no desenvolvimento socioeconômico regional.
Em relação ao perfil que se delineou a partir do desempenho e da evolução do segmento, destacam-se a presença em todo o território nacional, o aumento de cooperados e de unidades de atendimento, o crescimento em depósitos e operações de crédito proporcionalmente maior que os bancos, com aumento da participação no sistema financeiro, a opção pela modalidade de livre admissão de associados e o incremento de pessoas jurídicas no quadro associativo.
Daqueles fatores que serão ressaltados com o “novo normal”, pode-se destacar o estímulo ao comércio e empreendedorismo local e a sua conexão com as cooperativas, também iniciativas de caráter comunitário.
As condições básicas para que essa união se frutifique em prol da recuperação econômica já estão presentes nas cooperativas financeiras e serão indicadas a seguir, sem que a ordem signifique grau de importância, pois o conjunto é que favorecerá a retomada da economia local.
Cooperativismo financeiro e empreendedorismo local: esta união está sendo a alavanca para o revigoramento da economia regional, que seguirá apoiada também na força do agronegócio, contribuindo para o reerguimento da economia brasileira.
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Por Lúcio César de Faria, graduado em Economia, Administração e Ciências Contábeis, e com pós-graduação em Capacitação e Potencialização Gerencial. Atuou como assessor do Banco Central do Brasil e como diretor do FGCoop, sendo também Conselheiro de Administração formado pelo IBGC.
Fonte: Portal do Cooperativismo Financeiro